Licorice Pizza retrata a tentativa de se encontrar
Seguindo a minha lista de indicados ao Oscar de Melhor Filme, fui assistir Licorice Pizza, obra de Paul Thomas Anderson que está disponível nos cinemas.
O longa é um respiro perto de obras mais densas e retrata a juventude de Alana Kane e Gary Valentine, que crescem e se apaixonam em San Fernando Valley, na Califórnia, em 1970.
Alana é uma personagem transgressora, algo que me lembra um pouco de Lady Bird e de Alyssa (The End of The F***ing Wolrd), mas ao mesmo tempo, tem algo muito único nela, e seu questionamento sobre o que está fazendo aos 25 ou 28 anos, é muito identificável.
Nosso outro protagonista é Gary, um garoto de 15 anos que vê em Alana sua musa, e o que mais gosto nele é essa veia empreendedora, sem o mínimo medo de errar. Gary complementa Alana, tirando a vida da garota da assustadora mesmice que a assola.
O relacionamento dos dois passa por vários dilemas, principalmente por conta da idade, sendo que Alana muitas vezes age como uma adolescente de 15 anos, mas em outros momentos vê em Gary apenas um menino de 15 anos.
Não vou entrar no mérito da diferença de idade dos dois, nem nas questões morais disso, mas acho interessante a forma como o filme aborda a situação.
Licorice Pizza também faz um grande trabalho ao nos ambientar nos anos 70, seja através das músicas, dos figurinos, cabelos, da ambientação e fotografia, estes aspectos que são de encher os olhos.
Até o momento, depois de ver Duna, Não Olhe Para Cima, King Richard, Belfast e CODA, Licorice Pizza se torna o meu favorito ao prêmio, o que ainda pode mudar! Mas muito além disso, o filme se tornou uma das minhas comédias românticas preferidas, recomendo demais.