Noite Passada em Soho entrega estilo, mas falha na história (SEM Spoilers)
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Assim como muitos dos filmes de Edgar Wright, Noite Passada em Soho encanta por sua estética, apresentando muitos espelhos, luzes neon, trocas de personagens e o glamour melancólico dos anos 60.
No longa, lançado em novembro de 2021, Eloise é uma aspirante a designer de moda que parece ter um dom único: ela vê aparições de pessoas falecidas e por meio de uma delas, viaja no tempo para os anos 1960. No entanto, a protagonista logo descobre que o romantismo da época esconde algo sombrio.
O filme é descrito como um terror misturado com drama, mas sua parte “mais assustadora” foi o que realmente me incomodou. Noite Passada em Soho surpreende ao falar sobre a liberdade feminina, predadores sexuais, transtornos mentais e em seu ato final, joga tudo isso fora para entregar cenas que deveriam nos deixar com medo.
E digo deveriam porque sou uma cagona, mas a única coisa que me deu medo neste filme foi que ele se afundasse ainda mais, o que ainda bem, não aconteceu. É triste ver tanto potencial desperdiçado, mesmo porque, Anya Taylor-Joy e Thomazin McKenzie estão em seu melhor, o que merece reconhecimento.
Infelizmente este não é um filme memorável, tão pouco um bom terror ou drama. Noite Passada em Soho se perde no meio do caminho e apesar de ter uma estética impecável, trilha sonora deliciosa e ótimas atuações, falha miseravelmente na história.
Recomendo que assistam, mas sem muitas expectativas.