Ogiva: O Mundo Não é Mais Nosso mostra a potência do cinema independente

Minha irmã é grande fã do Pipoca e Nanquim, acompanha os projetos dos caras e foi uma das apoiadoras do Catarse deles para realização do filme Ogiva: O Mundo Não é Mais Nosso. Por isso, tive a oportunidade de assisti-lo antes que seja inscrito em festivais.
Entrei nesse mundo sem saber nada da história, mas me surpreendi logo de cara, principalmente após a apresentação da esteticamente marcante (por conta do ursão rosa) e muito relacionável Pilar, de quem pouco sabemos, mas já passamos a torcer imediatamente.
Nesse mundo em que o uso de ogivas nucleares em um confronto com monstros alienígenas acabou com boa parte da Terra, os perigos não são somente os monstros, mas também os humanos fanáticos e outros que sofreram diversas mutações.
Ver Pilar correndo/ confrontando esses monstros e humanos é bem legal, mas sinto que poderíamos ter tido mais tempo para a história dela, principalmente em relação a sua perda inestimável, que ao meu ver foi um tanto mal contada.
Existem outros aspectos da história que também me incomodam um pouco, como a resistência que acabamos não vendo, a neblina um tanto artificial e a personagem da Maria, que na minha opinião mais atrapalha do que ajuda no enredo.
No entanto, quando eu paro para pensar, percebo mais pontos positivos do que negativos em Ogiva. Primeiro que essa é uma obra de ficção científica brasileira cativante, feita com um orçamento muito pequeno e que consegue se destacar por boas atuações, uma direção bem legal e mesmo que apareçam em poucos momentos, monstros lovecraftianos incríveis.
Não sei quando outras pessoas poderão ter acesso a este material, mas quem tiver a oportunidade, recomendo muito que assista.