Periféricos é legal, mas falta uma faísca
Apesar das doses de mistério e da premissa interessante, Periféricos foi uma série que eu não tinha vontade assistir conforme o lançamento de seus episódios semanais. Gostei da protagonista, dos coadjuvantes, das cenas de ação, do romance e até dos efeitos especiais, mas sabe quando falta um tempero? Faltou aqui!
Na série, que é ambientada em 2032, Flynne vive com sua mãe em uma pequena cidade do interior, até que seu irmão, Burton, retorna da Marinha e é contratado para testar uma nova tecnologia, uma realidade virtual extremamente realista. Sabendo das habilidades da irmã, Burton permite que ela utilize essa tecnologia, fazendo com que a garota se depare com um mundo cheio de tecnologias, conspirações e, talvez, realidade.
Em oito episódios que mostram que nada é o que imaginamos, o que me fez continuar assistindo a série é o fato de termos Chloe Grace Moretz em mais um de seus ótimos papéis. Flynne é inteligente, profunda e tem habilidades invejáveis no mundo do jogos- queria muito-, mas o que realmente nos cativa nela é a sua atitude e carisma.
Para complementar, temos como criadores da série Lisa Joy e Jonathan Nolan, as mentes por trás de uma das minhas maiores celebrações e tristezas: Westworld. Isso quer dizer que eu podia esperar da obra algo além de bom, conceitos interessantes e que foram bem entregues aqui.
No fim, Periféricos se mostrou uma grande promessa a não dispontar, algo que provavelmente será levado em consideração pela Prime Video se tivermos uma segunda temporada. Vi a série em comerciais de TV, na BGS, na CCXP, nos metrôs de São Paulo e em anúncios do Youtube, mas não vi nenhum amor expressivo ou sucesso estrondoso. Que isso possa se reverter em termos de narrativa e falatório, caso tenhamos uma segunda temporada.