Ruído Branco é uma comédia assustadora e esquisita
Com nomes como Adam Driver e Greta Gerwig, fica fácil saber o motivo de eu ter ficado empolgada pelo lançamento de Ruído Branco, filme disponível na Netflix. E não é como se eu esperasse que ele fosse diferente do que foi, mas a realidade, é que eu imaginava que fosse gostar mais do que gostei.
No longa, que é bem longo mesmo, visto que tem um ritmo muito lento, somos apresentados aos dramas de uma família norte-americana e suas tentativas de lidar com os conflitos mundanos da vida cotidiana, além de buscar compreender os mistérios universais do amor, morte e a necessidade de buscar a felicidade, mesmo em um mundo incerto.
Tudo começa quando uma nuvem nociva se aproxima da cidade onde eles moram, no entanto, dizer que o filme é sobre isso seria mentir. Esse pequeno enredo, que eu achei mais interessante, é só um dos pretextos para os protagonistas de Ruído Branco processarem seus traumas e contarem uns aos outros, o que tem escondido diariamente por tanto tempo.
O filme não busca encontrar uma solução, chegar ao final de um enredo ou nos mostrar qualquer evolução entre os personagens, algo que ocorre de um jeito peculiar durante suas mais de duas horas de duração. Posso descrevê-lo como intrigante, dizer que definitivamente me fez rir e ficar assustada em alguns momentos, mas não o considero um bom filme para mim, talvez para os outros.
A obra é baseada no livro White Noise, de Don DeLillo.