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Stranger Things- Parte 2 fica mais dinâmica, mas segue medrosa

O núcleo de Hawkins continua sendo o melhor da série

Depois de sete episódios que considerei mais longos que o necessário e menos interessantes do que eu tinha imaginado, fui com as expectativas comedidas para a Parte 2 de Stranger Things, que agora, se foca no esforço conjunto de todos os núcleos para derrotar Vecna.

Confesso que gostei muito dos dois novos episódios enquanto assistia, achei o 8 bem mais dinâmico e me empolguei bastante para ver qual o desfecho que teríamos no 9, que foi quando algumas coisas começaram a me irritar. Como já havia dito antes, eu não sinto a necessidade de um episódio tão longo, este de 2h30, pois em alguns momentos tudo o que houve foi enrolação e falta de coragem dos roteiristas.

Eu simplesmente não consigo me conformar com o fato de Eddie ter voltado para o mundo invertido apenas para ser morto por um bando de morcegos, quando poderia ter chegado na casa dos Quill e, pelo menos, libertado Nancy, Robin e Steve, para que depois pudesse morrer de forma muito mais heróica. Inclusive, ele também podia ter morrido tocando guitarra, seria bem melhor do que a cena tosca que fizeram.

Aliás, como mencionei o trio, me irritou ver eles enforcados na parede pelo que pareceu meia hora e depois os observar lindos e vivos como se nada tivesse acontecido. Digo a mesma coisa sobre o que aconteceu com Max, que teve cenas impecáveis e corajosas, até que a série decidiu que não podia se desfazer de uma personagem tão boa e optou por colocar ela em coma, é sério isso?

Algumas decisões do roteiro da série me fazem questionar as consequências das coisas que acontecem em Hawkins, eu sei por exemplo, que todo personagem novo corre risco de morte, mas não acredito em momento algum que os mais centrais como Steve, Dustin, Lucas, Nancy, Mike, Hopper, Joyce ou Eleven correm risco de morrer de verdade e isso atrapalha demais a imersão.

Falando agora de coisas boas, finalmente tivemos o Jonathan reagindo em uma das cenas mais emocionantes de toda a série, quando ao lado do irmão, diz para ele que nada o fará amar menos o Will e aí eu chorei mesmo, principalmente porque a relação da família Byers é uma das que sempre me tocou na obra.

Para completar, também tivemos ótimas cenas entre Robin e Steve, assim como momentos mais interessantes na Rússia, que em dois episódios andou mais que em sete. Já nos quesitos técnicos do audiovisual, não há o que dizer, a série está cada vez mais bonita, com trilha sonora impecável e efeitos especiais sensacionais, nesse aspectos, entendo bem o motivo de toda a demora para termos uma quarta temporada.

Por fim, concluo que Stranger Things termina bem e com um saldo mais positivo do que negativo, a história já deveria ter acabado, mas fico feliz por saber que, agora, chega mais próxima disso. Volto a falar sobre a série quando soubermos mais de sua quinta e última temporada. Até lá, Freaks!

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