Westworld recupera o fôlego perdido na terceira temporada
A quarta temporada de Westworld termina com um recomeço, através das origens da jornada de Dolores e, talvez, de uma chance para a coexistência de robôs e humanos. E foram ali, nos últimos minutos de episódio, quando ouvi o discurso dela, que fiquei simplemente feliz por não ter abandonado esta série.
Nestes oito episódios que passam longe do simples, mas não entregam toda a complexidade da primeira e da segunda temporada, nos voltamos um pouco para o lado dos humanos, que agora, são controlados por uma das piores versões de Dolores, a que é interepretada maravilhosamente por Tessa Thompson.
E é através dela ou de William, que passamos entender, a cada momento, que o triunfo só existe verdadeiramente se houver um lado perdedor, o que para Dolores/Charlotte é a humanidade e para o Homem de Preto, todo mundo que não seja ele ou dele.
Em contraponto, temos Maeve, Caleb, Bernard e Stubbs, que com suas respectivas duplas estavam se saindo muito bem, mas depois, ficam de escanteio em uma trama que pedia mais deles, que começou em grande parte por eles! Como a série não economiza no retorno de seus personagens, espero poder vê-los mais na quinta temporada.
E falando um pouco mais sobre mocinhos, preciso mencionar Christina, a arquiteta de mundos, a criadora de histórias, a dona do jogo. Fiquei muito intrigada em acompanhar sua história, que vai ganhando cada vez mais importância e significado a medida em que descobre seus poderes, entende quem é e passa a ver Teddy, aliás, quem diria que eu estaria com saudades dele?!
Por fim, acho válido citarmos Frankie, que merecia mais destaque e promete ser a verdadeira esperança da humanidade. No fim, talvez seja ela quem tenha que vencer o labirinto de Dolores, salvando não somente a sua raça, como a dos robôs também.
Westworld está disponível na HBO Max e se por um acaso você está lendo este texto sem ter assistido ou depois de desistir da série, recomendo que dê uma chance para uma das melhores obras da atualidade.