FREAKS REVIEW

Maratona Oscar 2023: Os Banshees de Inisherin

O filme apresenta uma crescente de desespero, solidão e orgulho que provém dos dois personagens

Os Banshees de Inisherin começou para mim como uma comédia intrigante, mas em menos de 30 minutos, se transformou em um drama sobre conflitos internos, relacionamentos desgastados e a angústia para marcar história, o anseio pela boa vida e épica morte.

Enquanto a maior parte dos filmes que vi tinham um apelo de espetáculo para estarem na lista do Oscar 2023, este aqui se encaixa na categoria de Melhor Filme pelo bom roteiro, fotografia esplêndida e ao expor sentimentos humanos de uma forma complexa, como de fato eles são.

Os Banshees de Inisherin se passa em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa. Lá, Pádraic é um homem gentil que fica abalado depois de ter que lidar com a crueldade abrupta e casual de Colm, seu amigo de longa data que rompe a amizade sem dar motivos “plausíveis” para isso.

Confuso com o distanciamento, Pádraic tenta reatar esse relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan e dos outros moradores da ilha, o que a partir desse momento, faz Colm tomar medidas extremas para mostrar o quanto não quer mais seguir com essa amizade.

O filme apresenta uma crescente de desespero, solidão e orgulho que provém dos dois personagens, fazendo com que nossa compreensão das atitudes mais descabidas deles seja grande, mas também, deixando evidente como a vida dos outros moradores de Inisherin não é nada fácil, visto a violência sofrida por Dominic e todo o preconceito enfrentado por Siobhan.

Com o passar dos minutos, uma angústia foi se criando dentro de mim, principalmente ao me deparar com a desoladora atuação de Colin Farrell, que demonstra luto nas mais diversas cenas, pela perda da sua companhia, da sua segurança e da alegria.

Caso tenha a oportunidade, assista ao filme.

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