Nunca Fui Santa é uma obra teen injustiçada
Existem muitos clássicos teens dos anos 80 e 90, mas me assusta saber que pérolas como Heathers e Nunca Fui Santa não possuem o reconhecimento que merecem. Em um outro momento posso falar da primeira obra, mas hoje estou aqui para enaltecer Nunca Fui Santa.
O filme é uma comédia teen sensacional que gira em torno da história de Megan, o perfeito estereótipo de líder de torcida popular da escola. O problema é que certo dia, a adolescente chega em casa e se depara com uma intervenção de sua família e amigos, que acreditam que ela seja lésbica.
Esse é um filme que poderia ser problemático, se não satirizasse tudo o que está acontecendo ali. A escola que fará a “terapia de conversão” se chama True Directions e é uma verdadeira piada, pois além de deixarem claro que passar por esse processo significa basicamente fingir ser heterossexual, temos em Mike, personagem interpretado por RuPaul, o exemplo de como reprimir algo só te desperta mais desejo.
Nunca Fui Santa é aquele tipo de comédia que desperta o riso pelo absurdo, sei que não é a praia de todo mundo, mas definitivamente é o que eu gosto de assistir. Além disso, o que me conquistou aqui foi a narrativa de autoaceitação de Megan, que nem ao menos se identificava como lésbica, mas vai percebendo aos poucos que gosta de mulheres, especialmente de Graham, que conhece em True Directions.
O romance das duas é digno dos melhores filmes teens, Graham vê em Megan a doçura e a beleza que pode ter em um futuro sendo quem é, no entanto, isso afasta ambas de suas famílias e quem consideravam ser seus amigos. Mas quando se permitem o amor, descobrem que não estão sozinhas, possuem aliados.
O filme é um clichê LGBTQIAP+ e nós precisamos de mais desses, por isso, panfletarei o quanto puder. Assistam!
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